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Evolução das práticas da linguagem escrita na educação infantil

As diferentes práticas da linguagem escrita resultam das concepções que se foram construindo acerca da criança ao longo dos anos, o que afectou e transformou os educandos e educadores.

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Evolução das práticas da linguagem escrita na educação infantil

Ao percorrer as diferentes práticas didácticas, as suas teorias e as transformações que conheceram ao longo do tempo, compreenderá as actuais práticas de linguagem escrita na educação infantil e as devidas orientações didáticas à luz de todo um processo de construção e transformação.

As diferentes práticas da linguagem escrita resultam das concepções que se foram construindo acerca da criança ao longo dos anos, o que afectou e transformou os educandos e educadores.

A história da educação mostra que, ao longo dos anos, os conceitos de infância e educação sofreram transformações profundas, potenciando as práticas da educação infantil de métodos pedagógicos diferenciados.

Autores como Piaget, Vygotsky, Wallon e as pesquisas de Ferreiro e Teberosky contribuíram como novas abordagens e metodologias para as práticas da educação infantil e alfabetização.

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Panorama geral das práticas da linguagem escrita na educação infantil.

Durante o século XVIII, Froebel e Pestalozzi apud TOSCANO (2012) desenvolveram um conceito de educação que atribuía àescola a função de desenvolvimento de habilidades natas da criança e das potencialidades interiores, de forma espontânea. Esta orientação influenciou os chamados “jardins-de-infância” até inícios do século XX, onde as crianças eram consideradas sementinhas que necessitavam de cuidados para desabrochar. Portanto, os currícula eram organizados por actividades através das quais os alunos poderiam despertar novas ideias e interesses espontaneamente.

A partir da década de 1920, desenvolveram-se novas ideias em relação à educação infantil. As ideias escolanovistas colocavam os alunos como o centro do processo educativo, em oposição à didáctica tradicional.

Neste período, a escola passa a não ser apenas um espaço para os alunos adquirirem conhecimentos, mas também se constitui como um espaço para a elevação cultural das crianças, visando prepará-las para a vida. É neste período que surgem os “parques infantis”, comportando nos seus currícula aspectos ligados à formação cultural.

Nas décadas de 1960 à 1980, as escolas de educação infantil desenvolveram um modelo de escola compensatória que influenciou as práticas educativas então vigentes. Na tentativa de aproximar os conteúdos à realidade dos alunos, os currícula foram organizados com base nas datas comemorativas.

E, dentro dos temas formativos eram organizadas várias actividades que tinham como foco estas datas. Usando várias técnicas artísticas, os alunos realizavam exercícios de coordenação motora e treino de grafismo com o objectivo de os preparar para o desenvolvimento da aquisição das técnicas de leitura e escrita.

Neste período, as chamadas “pré-escolas” ou “pré-primária” tinham este sentido de preparar a criança para entrar na escola formal, depois de ter adquirido uma maturidade biológica considerável e alguma habilidade para a aquisição da leitura e da escrita.

Conforme nos referimos anteriormente, enquanto percoríamos o fio da história para acompanharmos a evolução das práticas da escrita na educação infantil, há um conjunto de actividades motoras e de grafismo que a criança pode realizar com vista a desenvolver a habilidade linguística de escrita.

Muitas discussões teóricas, até então, fixavam-se no ensino da leitura e escrita, onde a alfabetização e os métodos para o ensino das mesmas habilidades eram o palco de debates.

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O aluno como um sujeito capaz de aprender por si

Porém, Piaget apud TOSCANO (2012) introduz uma nova visão ao deslocar o foco do ensino para a aprendizagem, considerando o aluno como um sujeito capaz de aprender por si, portador de conhecimentos prévios e capaz de compreender o mundo à sua volta e ainda resolver os problemas que se lhe apresentam, respeitando as diversas fases do desenvolvimento da criança.

A partir daqui, assiste-se a uma mudança nos anos 1980, o foco dos debates passa a ser a aprendizagem e a maneira como os alunos constroem os conhecimentos.

A seguir mostra-se uma imagem das actividades que eram feitas no ensino pré-escolar com o objectivo de desenvolver as aptidões motoras e perceptuais para que posteriormente a criança pudesse adquirir as técnicas de leitura e escrita, daí os tracejados e a bola com formas diferentes.

Como a influência do pensamento de Piaget (op. cit), passam a considerar-se como fundamentais os conhecimentos que as crianças adquiriram antes de ingressarem na escola e, a leitura e a escrita são consideradas práticas sociais que se desenvolvem gradativamente. Neste sentido, o objectivo da educação infantil deixa de ser a preparação para a leitura e a escrita.

Pesquisas desenvolvidas a partir da década de 1990 influenciaram para a mudança de paradigmas na educação infantil. Começam a registar-se algumas mudanças nos currículos, pois as orientações que visavam o desenvolvimento das habilidades motoras e de percepção cedem lugar para novas orientações que olham as práticas de linguagem oral e escrita como meio de apliação das possibilidades de inserção nas práticas sociais de comunicação. Mais do que ensinar as crianças a ler e a escrever, a educaçao infantil começa a ser vista como a que que procuradespertar o prazer da escrita e leitura nas crianças (TOSCANO, 2012).

Reconhecendo que as crianças entram em contacto com a escrita de diversas formas no seu quotidiano, a educação infantil não precisa de preparar as crianças para a escrita e leitura, mas sim criar situações didácticas que possam ampliar o repertório de informações e conhecimentos que as crianças possuem. Porém, é preciso que o professor, na qualidade de mediador do processo de aprendizagem, tenha em consideração o ritmo de aprendizagem de cada criança e valorize os diferentes saberes que elas possuem.

A heterogeneidade nas salas de educação infantil ajuda na circulação de informações entre os alunos e o confronto de ideias. Mas é preciso ter um olhar construtivista para analisar os erros que podem resultar da escrita dos alunos, pois estes compreendem a línguagem escrita de maneiras diferentes, dependendo das especificidades de suas experiências e desenvolvimento cognitivo, mesmo reconhecendo as limitações de acordo com os estágios evolutivos. eão. E eu fiquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções (RAMOS, 1995, p. 99).

O desenvolvimento intelectual do sujeito, sob diferentes perspectivas – crítico, criativa, expressiva e participativa, ocorre ao longo da sua evolução, desde a sua mais tenra idade.

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O professor deve criar boas possibilidades de aprendizagem

O professor deve criar boas possibilidades de aprendizagem que potenciem o desenvolvimento da linguagem escrita, pois quanto mais informações os alunos adquirirem sobre a língua, melhorarão as suas habilidades de comunicação e reflexão.

Segundo VYGOTSKY (1984), a apropriação de conhecimentos e da linguagem ocorrem de forma interactiva, assim como a aprendizagem e o desenvolvimento se constituem mutuamente. Deste modo, a aquisiçao da língua ocorre de forma simultânea com o desenvolvimento da linguagem.

É fundamental que a educação infantil introduza os alunos ao mundo letrado por meio de práticas de leitura e escrita.

Para inserir as crianças no contexto da cultura letrada e desenvolver a sua competência linguística devem ser planificadas e desenvolvidas diversas actividades: possibilitar situações de leitura e escrita com diferentes objectivos; trazer para a sala-de-aula os diversos géneros literários e materiais impressos que circulam também em seu quotidiano, como: jornais, revistas em quadrinhos, rótulos, cartazes, bilhetes, incorporar as crianças à comunidade de leitores e escritores.

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