O trabalho em oficinas é caracterizado como “uma forma de ensinar e aprender, mediante a realização de algo feito colectivamente
O trabalho em oficinas é caracterizado como “uma forma de ensinar e aprender, mediante a realização de algo feito colectivamente
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ToggleDe acordo com Vieira e Volquind (2002, p. 11), o trabalho em oficinas é caracterizado como “uma forma de ensinar e aprender, mediante a realização de algo feito colectivamente”. Nesse sentido, a oficina representa uma oportunidade para quebrar a tradicional hierarquia entre professores e alunos, promovendo uma experiência na qual tanto o ensino quanto a aprendizagem são destacados.
Vai além da simples transmissão de conhecimento, incentivando tanto o aluno quanto o professor a questionar e buscar respostas com base na realidade em que estão inseridos. Vieira e Volquind (Idem, p. 12) destacam a importância de uma oficina evocar três aspectos fundamentais do ser humano: o pensar, o sentir e o agir. Ao integrar esses três elementos, o aluno identifica um problema em seu cotidiano, reflete sobre ele e sente-se motivado a transformá-lo, conforme suas próprias conceções.
Contudo, oficina para quê? É necessário interrogar-se sobre isso para descobrir quais objectivos se pretendem atingir com uma oficina. Para Paviani e Fontana (2009, p. 78), a oficina pedagógica atende, basicamente, a duas finalidades:
(a) Articulação de conceitos, pressupostos e noções com acções concretas, vivenciadas pelo participante ou aprendiz;
b) Vivência e execução de tarefas em equipe, isto é, apropriação ou construção colectiva de saberes.
Como se pode observar, uma oficina prioritariamente deveria articular a teoria com a prática, ou seja, unir o conhecimento científico com o conhecimento empírico; além de proporcionar o trabalho em equipe, seja entre os alunos, seja pela interdisciplinaridade. E este se constitui no principal desafio pedagógico docente: proporcionar caminhos para que o aluno se identifique com sua realidade e desenvolva a capacidade de trabalhar em grupo.
Uma proposta teórica interessante para estimular a união da teoria, da prática e do trabalho em equipe é fornecida pela pedagogia histórico-crítica, encontrada no livro “Uma didáctica para a pedagogia histórico-crítica”, de João Luiz Gasparin (2009, 190 p.). Em sua abordagem, o autor propõe ações articuladas em cinco momentos durante a aprendizagem de um conteúdo.
O primeiro momento é a “Prática Social Inicial do conteúdo”, ou seja, é o momento em que o professor faz um diagnóstico daquilo que os alunos já sabem sobre o assunto. Em seguida, chega-se ao momento da “Problematização”, quando são expostos os principais problemas a respeito do tema e estes são transformados em questionamentos.
A terceira etapa refere-se à “Instrumentalização”, período no qual o professor apresenta o conhecimento científico sobre o assunto trabalhado, a fim de colaborar na construção teórica discente.
Na quarta fase, denominada “Catarse”, o aluno faz uma síntese de tudo o que aprendeu intelectualmente, constituindo-se no momento de conclusão do processo teórico.
Por fim, a última etapa refere-se à volta aos procedimentos práticos, denominada de “Prática Social Final do conteúdo”. Aqui, o aluno realiza alguma acção que transforme a sua realidade, unindo o conteúdo teórico discutido ao prático vivenciado.
Nessa perspetiva, é possível mobilizar não apenas a escola, mas a sociedade ao redor dela. E, para articular o colectivo envolvido nesse contexto, é fundamental que o professor analise a realidade em que a escola se insere. A importância desse conhecimento pode evitar problemas de última hora, bem como contribuir para o melhor aproveitamento das acções a serem desenvolvidas pelos abrangidos no processo.
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