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Aspetos Essenciais no Ensino da Escrita

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Explorando os Aspetos Essenciais no Ensino da Escrita: Um Guia Abrangente para Educadores

Descubra as chaves para um ensino eficaz da escrita neste artigo informativo. Explore as estratégias pedagógicas, ferramentas tecnológicas e abordagens inclusivas que capacitam os educadores a promoverem habilidades de escrita sólidas em seus alunos.

Uma aula voltada ao ensino da escrita no contexto da Educação infantil deve ter em conta alguns dos aspetos abaixo elencados:

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a)  Quanto aos objetivos

  • Criar situações significativas de uso da leitura e da escrita;
  • Produzir textos coerentes, coesos e com estrutura adequada ao tipo de interlocutor a que se destina;
  • Desafiar as crianças a trabalharem com a base alfabética, reflectindo sobre como a língua escrita se estrutura.
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b)  Quanto aos conteúdos

  • Escrita do nome próprio e reconhecimento do alfabeto;
  • Trabalho com a caligrafia, a cópia e o ditado;
  • Produção escrita de uma notíca;
  • Reconto escrito de uma história;
  • Correcção de textos escritos produzidos pelos alunos.

Caro estudante, preste atenção às sugestões que se seguem. Elas podem-lhe ajudar a incentivar a prática da escrita:

O uso de jogos como o bingo de nomes pode ajudar as crianças a reconhecerem as letras do seu nome e facilmente aprenderem a escrevê-lo. Para esta actividade, você pode distribuir fichas contendo repartições. Os alunos escrevem os seus nomes e cada letra ocupa uma repartição. Depois você distribui papéis coloridos para os alunos fazerem bolinhas que serão usadas no jogo do bingo.

Na prática, o jogo consiste em apresentar aos alunos uma letra e solicitar os que seus nomes têm essa letra para colocarem uma bolinha por cima da carteira. Ganha quem completar primeiro as letras do seu nome. Trata-se de um jogo simples, mas que pode ajudar as crianças a escreverem o seu nome e reconhecer as letras do alfabeto.

Outra dica que pode auxiliar no desenvolvimento da prática da escrita é a produçao colectiva de textos. Levando como base a visita a bibliotecas escolares ou a bibliotecas infantis na comunidade, você pode conversar com os alunos sobre esta actividade, ouvir as suas ideias sobre a visita, as aprendizagens que tiveram e escrevê-las no quadro. À medida que o professor escreve as frases que expressam as ideias das crianças, ele realiza a leitura e pergunta se é o que queriam dizer. Assim, todos participam da construção do texto, fazendo comentários e vendo valorizadas as suas ideias. Como se pode notar, trata-se de uma prática de escrita significativa que valoriza as experiências dos alunos.

A partir desta experiência, as crianças aprendem a produzir textos orais com finalidade escrita, onde o professor assume o papel de escrever as ideias das crianças. Posteriormente, elas podem realizar cópias do texto e sentirem-se preparadas para desafios ainda maiores.

Para que a produção textual se efective, é importante que as crianças aprendam a escrever textos. Recorrendo às histórias que se contam em casa ou na sua comunidade. O professor orienta-as para recontarem uma história por escrito. No caso daquelas crianças que ainda não sabem escrever, podem fazer desenhos e pintar personagens ou cenas que remetam a tais histórias. O professor coloca-se como mediador, estando pronto para auxiliar as crianças que ainda não sabem escrever por soletrar algumas letras ou palavras ou ajudando no desenho da história.

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C) Quanto à organização do tempo

As nossas experiências lectivas quotidianas atestam que não existe um momento ou uma idade pré-determinada para dar início ao trabalho pedagógico com a linguagem escrita. As crianças que nascem num mundo letrado são, de alguma forma, provocadas a interagir com textos. No entanto, dependendo do contexto, esses desafios podem ocorrer de maneira diferenciada, em momentos diferentes de seu desenvolvimento e nas mais variadas situações, seja em casa ou na instituição de Educação Infantil.

É na Educação infantil que se deve iniciar uma acção junto à criança e à sua família, no sentido de conhecer as experiências anteriores, a cultura na qual estão inseridas, suas maneiras de brincar e de se relacionar com as pessoas, bem como suas práticas sociais de leitura e escrita. Realce-se que todas as outras linguagens da criança devem ter continuidade e que ao seu rico processo de interacção com a natureza e a cultura por meio do corpo, do gesto, da música, das artes plásticas e do brincar, vem agora se juntar à linguagem escrita. Como as outras linguagens, a escrita deve estar presente diariamente nas instituições de Educação Infantil.

É necessário que se reserve um tempo para que o(a) professor(a) leia histórias para as crianças ou para que elas tenham acesso a livros de literatura infanto- juvenil e outros materiais escritos com os quais possam interagir individual ou colectivamente. Tempos para que possam experimentar livremente ou fazer

suas tentativas de escrita. Deve-se criar momentos em que o(a) professor(a) desafie as crianças maiores a escreverem e a lerem de forma mais convencional, provocando reflexões sobre como a escrita se estrutura ou sobre o uso de estratégias de leitura.

Além disso, no dia-a-dia, surgem necessidades de leitura e escrita não previstas e que são momentos privilegiados de vivenciar essa linguagem para que as crianças se possam apropriar, progressivamente, dos seus usos e funções e das estruturas próprias a cada texto em situações contextualizadas. Por exemplo, na hora de enviar um bilhete aos pais, convocando-os para uma reunião. Essa é uma excelente oportunidade de leitura do conteúdo do texto, que muitas vezes não é aproveitada. Num passeio pelo bairro, é importante que se vá lendo e conversando sobre os nomes das ruas e outros escritos encontrados. Escrever bilhetes também é uma oportunidade de uso da escrita que sempre se apresenta na Educação Infantil. Mas para tal o (a) professor (a) deve estar atento (a) para não desperdiçar nenhuma oportunidade de aprendizagem.

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d)  Quanto à organização dos espaços e dos materiais

Os espaços explorados, bem como a organização do espaço em si, onde decorre a aprendizagem da linguagem escrita, têm um forte impacto no resultado da própria aprendizagem. Neste sentido, é necessário que, nas propostas pedagógicas das instituições, a materialidade do trabalho pedagógico seja objecto de discussão e planificação pelos(as) professores(as), envolvendo organização do espaço e de formas de utilização dos recursos físicos pelas crianças.

Dessa maneira, se considerarmos, no trabalho com a linguagem escrita, a importância dos aspectos ligados ao letramento e à aquisição da escrita como sistema de representação, temos de criar um contexto propício para essa aprendizagem. Isso significa trazer para as crianças o mundo da leitura e da escrita em situações em que elas se tornem necessárias no quotidiano do trabalho, possibilitando o acesso a bons textos escritos, de diversos géneros discursivos, ampliando a rede de interlocutores da criança por meio de

situações reais de leitura e de escrita. Por exemplo, a leitura de um texto científico num projecto sobre tartarugas ou a escrita de uma notícia no projecto Copa do Mundo.

Uma das formas de propiciar esse ambiente alfabetizador é a criação, na instituição, e mesmo na sala-de-aula, de espaços onde elas possam interagir individual ou colectivamente com a leitura e a escrita. Por exemplo, a organização de um espaço onde devem ficar os diferentes livros e revistas de uso das crianças que, dependendo das condições, pode ser uma biblioteca de uso de toda a instituição, como pode ser uma biblioteca de sala ou mesmo um cantinho para guardar os livros.

O importante é que a criança tenha acesso fácil a textos e situações reais de leitura. Nesse sentido, é importante deixar claro que a ideia de se ter jornais e revistas disponíveis para o trabalho com as crianças visa propiciar a elas actos verdadeiros de leitura e não a utilização desses materiais para recortar e colar letras.

No mesmo âmbito, podemos ainda verificar que, os diferentes espaços da creche e da pré-escola podem ser pensados para o desenvolvimento de acções relacionadas com essa aprendizagem.

Por exemplo, o jardim, o pátio coberto e a área externa podem ser utilizados para momentos de leitura, assim como o refeitório, a horta e as paredes da escola, com seus cartazes e indicativos contextualizados, podem ser favorecedores de situações de escrita ou de oportunidades de leitura.

Alguns exemplos dessas situações são: as placas indicativas dos balneários ou casas de banho masculinas e femininas, o uso de etiquetas em caixas nas quais são guardados os materiais de uso do grupo, entre outras…

Para as crianças que já começaram a se questionar sobre o que a escrita representa e como ela deve ser representada, o acesso a um material como o “alfabeto móvel” é interessante, para que elas possam, no momento em que forem produzir algum tipo de texto, criar e recriar suas hipóteses, lidando mais tranquilamente com seus erros construtivos.

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e)  Quanto à organização das crianças

Mais do que individualmente, a aprendizagem das crianças é mais significativa quando as mesmas se encontram em contacto com outras crianças.

Assim, aopensar-se na aprendizagem da linguagem escrita, é fundamental que não percamos de vista que as condições adequadas para a construção desse conhecimento específico também estão no colectivo de crianças e na possibilidade de trocas existentes nas relações que estabelecem, se mediadas pelo adulto.

Neste sentido, é fundamental a acção intencional do(a) professor(a), possibilitando situações em que possam interagir em pares, trios, grandes grupos e até mesmo individualmente, tendo em vista a apropriação e as reflexões sobre o seu próprio processo, por parte de cada um.

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f)  O recurso a outras linguagens para o ensino da escrita

Recorrer a outras linguagens no ensino da escrita pode ser uma estratégia muito eficaz e enriquecedora. Aqui estão algumas maneiras de incorporar outras linguagens no processo de ensino da escrita:

  1. Artes Visuais: Explorar pinturas, fotografias ou outras formas de arte visual pode inspirar a escrita. Os alunos podem descrever o que veem, criar histórias baseadas nas imagens ou até mesmo escrever diálogos entre personagens representados na obra de arte.
  2. Música: Letras de músicas são uma forma de escrita muito acessível e cheia de recursos estilísticos. Analisar letras de músicas pode ajudar os alunos a compreender técnicas como rimas, metáforas e simbolismo.
  3. Teatro e Drama: Encenar peças teatrais ou mesmo criar seus próprios roteiros pode desenvolver habilidades de escrita, especialmente no que diz respeito ao diálogo e à caracterização de personagens.
  4. Filmes e Curtas-metragens: Analisar roteiros de filmes e curtas-metragens pode ser uma maneira interessante de explorar estrutura narrativa, desenvolvimento de personagens e técnicas de diálogo.
  5. Histórias em Quadrinhos e Graphic Novels: A combinação de texto e imagem nas histórias em quadrinhos oferece uma oportunidade única para explorar a interação entre as duas formas de linguagem.
  6. Literatura Estrangeira: Estudar obras literárias em traduções pode oferecer insights sobre diferentes estilos de escrita e culturas. Comparar traduções também pode ajudar os alunos a entender as nuances da língua.
  7. Linguagem Digital: Explorar formas modernas de comunicação, como mensagens de texto, mídias sociais e blogs, pode ajudar os alunos a entender como a linguagem evolui e é adaptada para diferentes contextos.

Ao incorporar essas diferentes linguagens no ensino da escrita, os alunos não apenas desenvolvem suas habilidades de redação, mas também ampliam sua compreensão e apreciação das diversas formas de expressão artística.

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