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[Conto] O bastardo e a Estéril – Parte I

[Conto] O bastardo e a Estéril – pai, este é o meu namorado… Disse Minoria, apresentando Inácio, seu namorado, ao seu pai.

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O BASTARDO E A ESTÉRIL

  • pai, este é o meu namorado… Disse Minoria, apresentando Inácio, seu namorado, ao seu pai.
  • ayhe? sentem-se por favor. Disse o pai da Minoria, com olhar de quem já conhecia o moço. – por favor, vá chamar a tua mãe e diga que o teu namorado está aqui. Acrescentou o senhor Antônio, pai da Minoria, que com um sorriso forçado no rosto solicitou de imediato a presença de sua esposa.
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Assim que a Minoria saiu para chamar a mãe…

  • o que pensas que estás a fazer aqui? Como ousa vir até aqui. É melhor terminar esse namoro com a minha filha… Disse senhor Antônio, pai de Minoria numa explosão de nervos.
  • como assim senhor, eu não entendo. Respondeu Inácio, sem quer cair em contenda.
  • para logo com este disfarce, o vosso plano é este, é isto que combinou com a tua mãe? ham? O que querem?
    Dizia senhor Antônio, chateado com a presença do Inácio em sua casa.
  • senhor, você deve estar a me confundir… Continuou Inácio, na defensiva.
  • cala boca, miúdo. Não quero te ver mais ao lado de minha filha. É sério, e que esta seja a última vez a pisares nesta casa… Disse senhor Antônio, determinado.
  • me desculpe, mas isto não vai acontecer senhor. Disse Inácio olhando para o senhor Antônio, pai de Minoria. – eu não vou partir o coração de sua filha, assim do nada, não sem um motivo… Eu estou disposto a enfrentar o que for…
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Disse Inácio, não concordando mas sem intencionar um confronto.

Daí, o senhor Antônio se levanta da sua cadeira, vai até a cadeira do Inácio e o levanta segurando a gola deste com as duas mãos, o ameaçando: – se você encostar na minha filha e dormir com ela, eu te mato, seu verme. Está a me ouvir bem?
Do jeito que o senhor Antônio falava, só faltavam punhos e pontapés…

O Inácio continuou quieto, apesar de envermelhar seus olhos e quase chorar… Mas manteu-se firme encarando o senhor Antônio.

E de seguida, ouviram passos que se aproximavam por detrás da porta e com isto, o senhor Antônio soltou o Inácio que caiu naquela grande cadeira do tipo sofá.
Logo depois, a Minoria entra naquela sala dizendo: – não encontro minha mãe, tenho que ligar para ela.

  • Está tudo bem aqui? Questinou Minoria se apercebendo que o clima ali estava bem… – o que houve com a tua camisa? Perguntou Minoria para o seu namorado
  • nada amor… Respondeu Inácio

Minoria: – como nada? Por quê me pareces querer chorar?

  • foi nada amor, relaxa… Continuou Inácio, protegendo a sua namorada de suas preocupações.

Sr. Antônio: – eu pedi ao teu namorado para me ajudar a carregar a minha caixa de ferramentas, só isso. Já agora, és muito nova para ter um namorado. E eu não gosto disso…

  • pai…? Indagou Minoria, que se entristecia.

Neste mesmo instante, entra na casa, especificamente na sala onde todos estavam, a senhora Sara, mãe da Minoria.
Assim que ela entra, Minoria corre em lágrimas para abraçar sua mãe.

  • o que foi, minha filha? Perguntou dona Sara que não entendia o por quê das lágrimas de sua filha.
    E então, ouvio-se um profundo silêncio, exceptuando os choros da Minoria.
  • eu disse para ela que não aprovo o seu relacionamento. Foi isso… Respondeu o senhor Antônio num tom autoritário, já que ninguém dizia nada
  • mas qual é o problema afinal? Questionou dona Sara.
  • eu simplesmente não aprovo e ponto final. Eu sou o pai dela… Gritou senhor Antônio, como se falar de namoro fosse algo grave.
  • e eu sou a mãe dela, Antônio… Disse dona Sara erguendo o peito e confrontando o seu marido. – jovem, vá para casa, tem coisas que precisam ser esclarecidas aqui… Depois te solicitamos para uma sentada, mas por enquanto vá, por favor… Continuou dona Sara, direcionando as falas para o Inácio.
    De seguida, a dona Sara pediu desculpas a sua filha e pediu para que esta fosse acompanhar o seu namorado, de modo a que ela e o seu marido, tivessem uma conversa.
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Quando a Sara saiu, ficando só os dois, neste caso marido e mulher, se ouve o seguinte:

  • eu não fui muito com a cara daquele jovem. E acho que a nossa filha é muito nova para estas coisas… Começou senhor Antônio.
  • este não é o primeiro namorado da nossa filha, e ela tem 20 anos, Antônio. Disse dona Sara, de forma directa e fria.

O senhor Antônio: – como assim não é o primeiro namorado da nossa filha? Ham? Como é que tu me escondes essas coisas?

  • pode parar Antônio. Você acha que não sei os reais motivos de tu não aceitares aquele rapaz? Pensas que eu não o conheço? Você se acha sempre o mais esperto, é isto?
    Disse dona Sara, segurando as lágrimas…
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O senhor Antônio: – qual é o teu problema, Mulher?

E em lágrimas, a dona Sara respondeu: – achas que eu não conheço a p*ta da mãe daquele miúdo? E que ele é o filho bastardo que negaste assumir há 23 anos…

O senhor Antônio continuou quieto e espantado por saber que a sua esposa já sabia do seu antigo segredo…

  • quer saber? Eles vão continuar a namorar sim… E que se casem, se assim pretenderem…
  • você não pode deixar que eles se casem… Eles são irmãos!
  • agora eles são irmãos? Então por que é que negaste assumir ela xomo filho? Só hoje dizes isso Antônio…

Senhor Antônio: – Isto já não importa mais agora. Eles querem namorar e temos de os impedir…

  • ninguém vai os impedir… Eles que namorem.
  • não, eu não vou permitir um incesto.
  • Ele não tem culpa do pai que tem. Até por que a Minoria não é tua filha e eles não são irmãos. Então, se eles quiserem, que se casem!
  • o quêeee… você escondeu isso de mim esse tempo todo? Indagou Antônio, de coração partido.
  • e sobre esse teu filho? Quando ias me dizer? Questinou Sara.
  • eu não acredito nisso… Como fizeste isso Mulher!
  • eu estava cansada de ouvir a sociedade a me chamar de estéril. Uma vez que todos sabiam do teu filho bastardo e me culpavam de não engravidar e te dar um filho. Então, eu pesquisei sozinha e descobri que o problema está contigo e não comigo. E graças a um caso que eu tive no passado, eu dei a luz a Minoria. A minha única filha…

O que os dois não sabiam, é que a Minoria estava a ouvir tudo por detrás da porta.

Autor: Malero Jeque – Malero Wa Ka Jeque

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