A planificação docente constitui, um pilar decisivo para a eficácia e sucesso do processo ensino/aprendizagem
A planificação docente constitui, um pilar decisivo para a eficácia e sucesso do processo ensino/aprendizagem
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ToggleConsideramos que o processo de planificação reveste-se de capital importância para as mais diversas áreas profissionais. Revela-se igualmente muito importante na docência que tende à formação integral do ser humano. Deste modo Zabalza (2003: 72), considera-a “uma competência imperativa que deve ser desenvolvida por todos os professores, independentemente do nível de ensino que estiver a actuar.”
O mesmo autor afirma que a” capacidade de planificar constitui primeira competência do docente” e a melhoria do ensino pode passar pela reactivação dessa capacidade do professor ao estruturar a sua actuação.
A planificação e a tomada de decisão no sentido mais abrangente possível, são vitais para o ensino e interagem com todas as funções executivas do professor. Portanto pode-se afirmar que, no ensino, a planificação docente não é somente uma necessidade mas acima de tudo um imperativo que se impõe a todo o autêntico educador.
Como é evidente quando se fala na planificação docente afloram se várias questões, nomeadamente “ o que se pretende planificar? “ o que se deve ter em conta quando se planifica”, o que se faz quando se planifica?” ou “o que pode influenciar a planificação?” (ibidem). Deste modo, ela constitui um pilar decisivo do sucesso educativo visto que baseia na reflexão e antecipação da acção de todo o processo educativo.
Contudo, quando se planifica uma aula, a decisão crucial é a de escolher os objectivos ou resultados de aprendizagem que os alunos hão-de alcançar, após o processo de ensino em que estão envolvidos.
O professor ao planear a sua acção tem, pois, de estar bem consciente dos seus aspectos positivos e das suas limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa tirar deles o maior partido possível. Só assim será possível seleccionar as situações que, respondendo às necessidades e interesses dos alunos, melhor se adaptem às suas próprias características.
Nesta óptica Cortesão (1994:115), esclarece que “um professor pode e deve crescer profissionalmente e, tal como acontece com os alunos, só crescerá se for fazendo coisas que antes não fez e sobretudo coisas, de reflexão, da análise critica, de autodomínio, de capacidade de oferecer aos alunos esperam e têm necessidade e não aquilo que lhes é mais fácil dar.”
É de referir, que tanto o professor como o aluno vão ganhando eficácia na medida em que vão acumulando e enriquecendo experiências ao lidarem com situações concretas do ensino.
Como é óbvio a planificação docente constitui, um pilar decisivo para a eficácia e sucesso do processo ensino/aprendizagem. A importância da planificação pode ser apreciada através da grande variedade de actividades educacionais que são afectadas pelos planos e decisões do professor. Sobre este particular, Arends (1999:44), “inclui a decisão do tempo de instrução atribuída a alunos individualmente ou em grupos; a constituição dos grupos; a organização de horários diários, semanais e trimestrais; a compensação de interrupções alheias à sala de aula e a comunicação com professores substitutos.”
Cortesão (1994:131), demonstra ainda, que “A planificação docente assume uma grande importância de prática profissional de todos aqueles que se esforçam na construção de uma escola empenhada numa comunicação clara entre os elementos implicados na acção educativa, uma escola mais lúcida, e mais humana que procura actuar com base na realidade dos seus alunos, uma escola mais eficiente no aproveitamento do tempo e do” espaço” de que se dispõe para ajudar os seus alunos a” crescer”.
Na mesma linha de reflexão podemos dizer que a tarefa panificadora do professor não é nada fácil, pois é ele quem selecciona, organiza e apresenta o conteúdo ao aluno. De acordo com o
plano geral que recebe da tutela e que atende interesses e necessidades gerais, ele tem que definir o conteúdo do plano de ensino, e isso exige cada vez mais originalidade, criatividade e imaginação por parte do professor.
Por outro lado, exige dos mesmos muita dedicação, responsabilidade, estudo e deve ter uma visão global de todos os elementos essenciais do desenvolvimento curricular, pois tudo aquilo que é trabalhado em sala de aula merece ser revisto e bem preparado.
Arends (1999:44), sublinha que é de facto essencial que o professor tenha um fio condutor das suas aulas. Neste sentido comparar a planificação da aula a um mapa de estrada, para se chegar a um destino é necessário: traça-se um caminho, embora durante o percurso pode ocorrer desvios e no final chegar ao sítio pretendido.
Assim a planificação não deve ser rígida. Pelo contrário, deverá ser uma previsão do que se pretende fazer, tendo em conta as actividades, material de apoio e essencialmente o contributo dos alunos. Privilegiando as relações pessoais entre todos os membros do grupo-turma, e fazendo com que os alunos se sintam como elementos no processo educativo.
De acordo com Clark e Yinger apud por Zabalza (2001:48-49) quando se perguntar a um conjunto de professores por razão planificam, as respostas poderam ser agrupadas em três categorias:
Na nossa opinião, os professores ao planificarem devem essencialmente pensar no estudante como um ser pensante, reflexivo sobre a sua acção, capaz, de saber escutar, liderar, agregar e trabalhar individualmente tanto como num grupo. Por isso terá de ter um explícito método e estratégias conducentes de trabalho que promovam a interactividade, a coordenação, cooperação e colaboração entre o professor e o aluno e entre os próprios estudantes, para que o conhecimento construído seja interiorizado, ou aprendido com a participação de todos no grupo- turma.
A nosso ver a planificação docente procura respostas antecipadas para necessidades educativas dos alunos tendo em conta a sua diversidade. Assim, o docente torna-se mais competente em gerir a diversidade na sala de aula tanto em termos de estilos cognitivos dos alunos como em termos de comportamentos procurando satisfazer os seus anseios de filiação com os outros e de auto-realização, aspectos, esses, considerados de suma importância para o reforço da motivação na sala de aula.
Efectivamente Arends (1999:45) refere ao impacto da planificação nestes termos;
O ensino planificado é melhor do que o ensino baseado em acontecimentos e actividades não direccionados, embora existam, como terá oportunidade de verificar, certos tipos de planificação que podem conduzir a resultados inesperados. A literatura nos domínios da gestão e da educação sugere que a planificação que conduz à compreensão e aceitação partilhadas de metas claras e alcançáveis aumenta a produtividade de trabalhadores e alunos. Os processos de planificação iniciados pelos professores podem dar um sentido de direcção tanto a alunos como a professores e ajudar os alunos a tornar-se mais conscientes das metas implícitas nas tarefas de aprendizagem que têm de cumprir.
Ainda, Arends realça que uma outra consequência da planificação do professor é a” redução dos problemas disciplinares e das interrupções que podem ocorrer numa sala de aula.” Confirma que ela é a” chave para a supressão da maior parte dos problemas de gestão da sala de aula” (ibidem).
Todavia, Arends (1999: 67), alerta-nos que ao lado das consequências positivas da planificação para a aprendizagem e para o comportamento na sala de aula, ela poderá também ter consequências negativas. A este respeito escreve:
A planificação pode aumentar a motivação do estudante, ajudá-lo a centrar-se na aprendizagem e eliminar os problemas de gestão da sala de aula. A planificação pode também apresentar aspectos negativos não previstos; pode por exemplo, limitar a iniciativa do estudante na aprendizagem e tornar os professores insensíveis às ideias dos seus alunos.
Efectivamente um estudo levado a cabo por John Zahorik (1970) citado por Arends (1999:47) que também analisarem o impacto da planificação docente constataram que entre os docentes que planificam e os que não planificam. Os primeiros eram menos sensíveis às ideias dos alunos e pareciam prosseguir os seus objectivos, não obstante aquilo que os alunos pensavam ou diziam. Pelo contrário, os professores que não planificavam revelaram um maior número de comportamentos não -verbais que encorajavam e desenvolviam as ideias dos estudantes.”
De qualquer forma, Arends (1999: 45), reforça que tanto a teoria como o bom senso sugere que, para qualquer tipo de actividade, quando se planifica, os resultados a obter são bem melhores.
A partir das ideias dos autores abordados podemos extrair que a qualidade da preparação da aula, depende, em medida considerável, a sua efectiva realização e obtenção dos objectivos pedagógicos a serem alcançados ao longo do momento de interacção na sala de aula com os alunos. Assim, se o professor preparar bem as suas aulas todos os dias, estará em melhores condições para desenvolver um processo ensino/aprendizagem de qualidade, mais rico e diversificado.
Entretanto, cabe destacar que, o convite à reflexão sobre o trabalho do professor não ficaria completo se, em todo o processo de planificação e realização das tarefas não existisse uma avaliação sistemática e continuada tanto do desempenho dos alunos como do desempenho do professor.
Na opinião de Arends os professores experientes e os professores principiantes têm abordagens e necessidades de planificação diferentes. Os professores experientes estão mais preocupados com o estabelecimento antecipado de estruturas para condução das actividades da sala de aula e
planificam de antemão as adaptações necessárias, a medida que as aulas decorem. Regra geral, os principiantes precisam de planificações mais detalhadas. Dedicam mais a sua planificação às instruções verbais a serem dados e respondem mais frequentemente aos interesses dos alunos
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