Na educação infantil, a formação do leitor literário deve ser um compromisso institucional, exigindo-se, desta feita, uma melhor organização do espaço e tempo para a efetivação desta prática
Na educação infantil, a formação do leitor literário deve ser um compromisso institucional, exigindo-se, desta feita, uma melhor organização do espaço e tempo para a efetivação desta prática
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ToggleVocê sabia que, se os pais tiverem o hábito de ler para os seus bebezinhos que ainda não sabem ler, ou mesmo ainda na barriga da mãe, isto permite que a criança desenvolva uma tendência para a leitura? Pois é, as criancinhas assimilam o que lhes é lido!
O conceito de literatura infanto-juvenil surge quando as preocupações sociais começam a reflectir-se na criança, passando a ter um novo papel na sociedade. Como corolário, começam a aparecer objectos industrializados como o brinquedo, o computador e o livro. Igualmente, terá contribuído para as formulações em torno deste conceito, o aparecimento de novos ramos da ciência, principalmente a psicologia infantil e a pedagogia, ramos estes que se intercruzam com a literatura na formação do homem.
A literatura, em geral, constitui-se como um discurso de múltiplas vivências íntimas e profundas, provocando no leitor o desejo de prolongar ou renovar as experiências que veicula. Para quem entra em contacto com a literatura, ela ajuda a ordenar o seu mundo, desperta emoções, fornece respostas a perguntas acerca da realidade que o rodeia e desperta o sentido crítico.
Dos vários conceitos sobre a literatura infantil, iremos destacar as proposições de COELHO (1991), CARVALHO (1987) e ZILBERMAN (1981).
A literatura infantil
é a abertura para a formação de uma nova mentalidade, além de ser um instrumento de emoções, diversão ou prazer, desempenhada pelas histórias, mitos, lendas, poemas, contos, teatro, etc., criadas pela imaginação poética, ao nível da mente infantil, que objetiva a educação integral da criança, propiciando-lhe a educação humanística e ajudando-a na formação de seu próprio estilo (COELHO, 1991: 5).
A leitura da literatura infantil pode propiciar a vivência de emoções e experiências que contribuem para edificação humana da criança.
A Literatura, como toda arte, é, antes de mais nada, recreação, jogo lúdico, no contexto infantil; e isso é bastante para torná-la imprescindível a qualquer programa educacional que vise a criança (CARVALHO, 1987 p. 176).
Esta definição já pressupõe o prazer estético que a leitura deste tipo de textos produz, de modo que não se obrigue o aluno a ler, mas sim, fazer com que a leitura seja prazerosa.
A literatura infantil é […] todo acervo de bela e agradável leitura, que também não deixa de ser cultural […] e que é dedicado à criança e ao adolescente (CARVALHO, 1987: 72). Uma característica fundamental deste tipo de literatura é o belo, pelo que não se pode olhar apenas para as dimensões pedagógico-ideológica. É preciso que os textos tenham valores estéticos (ao nível da forma e do conteúdo) para que sejam agradáveis para o público infantil.
A obra infantil tem sua dimensão artística assegurada quando rompe com o pedagógico, enfim, com o ponto de vista do adulto e, através de um exercício de qualidade com a linguagem, leva o leitor a uma abrangente compreensão da existência (ZILBERMAN, 1981).
O ensino da literatura infantil no contexto da educação infantil tem por objectivos incutir e desenvolver o hábito e prazer pela leitura; estimular a inteligência e a memória das crianças, levando-as a mergulhar no universo criativo e fabulacional das narrativas e a praticar a memorização com os jograis; melhorar o carácter das crianças, pois os textos da literatura infantil
comportam valores estéticos e éticos que auxiliam a criança a saber o que é belo e bom.
É importante saber dosar os conteúdos da literatura infantil, adequando os textos à idade cronológica da criança e ao nível mental. Por exemplo, dos 4 aos 7 anos de idade, a criança percorre a fase egocêntrica. Uma fase de fabulação ou imaginação. Nela podemos contar estórias de fadas, de animais, de factos da vida real. Pode também ser útil o recurso aos contos clássicos da literatura infantil e às narrativas orais que povoam o imaginário moçambicano, devido à sua forte componente didáctico-moralizadora e fabulativa.
Dos 8 aos 12 anos de idade, pode-se recorrer a contos maravilhosos, mas também já se introduzem outros géneros literários como a banda desenhada. O importante nesta 2ª fase é a acção.
Dos 13 aos 16 anos de idade, inicia-se a fase do realismo, transitando para a idade adulta. Experimenta-se géneros mais complexos como o romance, a
novela e o conto literário. Nesta fase de adolescência, inicia-se o contacto com a literatura juvenil, mais apropriada para este público devido às exigências do nível de percepção, densidade lexical e complexidade semântica do texto. Vários autores preferem, de um modo geral, usar a designação literatura infanto-juvenil que abarca as três fases acima descritas.
Relativamente à primeira fase, é possível desenvolver uma rotina de interacção entre as crianças do berçário e o livro, mas tal rotina não deve ser rígida. Os livros devem estar disponíveis para a criança manipulá-los, ainda que não tenha capacidade de compreender que se trata de um livro, pois esse contacto espontâneo vai permitir que a criança se familiarize com os livros ainda cedo e descubra o prazer pela leitura.
Posteriormente, deve-se explorar nos livros outras linguagens expressivas (plástica, dramática e musical), dado que as crianças apreciam histórias com imagens, desenhos ou que requerem que as crianças desenvolvam a actividade de colagem. Esta prática exige mais a mediação do educador que deve estimular este encontro entre o livro e as outras linguagens.
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