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O Impacto da Violência Doméstica no Desenvolvimento Psicológico do Menor

A violência doméstica pode ter um impacto significativo no desenvolvimento psicológico das crianças expostas, resultando em trauma psicológico, desenvolvimento emocional comprometido,…

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I. INTRODUÇÃO

A violência doméstica é um fenômeno de grande complexidade e impacto, que transcende fronteiras e afeta diversas camadas da sociedade.

Este trabalho explora a fundo o conceito de violência doméstica, revelando sua natureza multifacetada, que vai além das agressões físicas, abrangendo também aspectos psicológicos, sexuais, financeiros e emocionais.

Além disso, examina-se o impacto dessa violência no desenvolvimento psicológico das crianças, evidenciando os graves efeitos do trauma, os comprometimentos emocionais e comportamentais, bem como o risco de revitimização que elas enfrentam.

Partindo desse entendimento, uma análise sócio-jurídica é apresentada, destacando a importância das medidas legais de proteção das crianças expostas à violência doméstica. Além disso, é enfatizada a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, que envolva profissionais de diversas áreas, como assistentes sociais, psicólogos e educadores, visando garantir a segurança e o bem-estar das crianças afetadas.

Por fim, discute-se o papel fundamental do Estado e da sociedade na prevenção desse grave problema social, enfatizando a importância da educação, conscientização e mudança de atitudes para criar um ambiente seguro para crianças.

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1.1. Objetivo geral:

  •  Comprender impacto da violência doméstica no desenvolvimento psicológico das crianças, investigando os diferentes tipos de violência e propondo estratégias sócio-jurídicas para prevenir e combater esse grave problema social.
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1.2. Objetivos específicos

  •  Descrever os diferentes tipos de violência doméstica, fornecendo uma compreensão abrangente da complexidade desse fenômeno.
  • Analisar o impacto da violência doméstica no desenvolvimento psicológico das crianças expostas a esse ambiente.
  • Explorar uma abordagem sócio-jurídica para lidar com a violência doméstica em menores.
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II. O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DO MENOR: UMA ANÁLISE SÓCIO-JURÍDICA.

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2.1. Conceito de Violência Doméstica

A violência doméstica é um padrão de comportamento abusivo que ocorre dentro de um relacionamento íntimo, onde uma parte busca exercer controle e poder sobre a outra através de diversos tipos de agressão.

Este tipo de violência pode assumir várias formas, incluindo física, psicológica, sexual, financeira e emocional. É importante ressaltar que a  apenas a casais casados, podendo ocorrer em qualquer tipo de relacionamento íntimo, como entre namorados, parceiros do mesmo sexo, familiares ou coabitantes.

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2.2. Tipos de Violência Doméstica

Violência Física: a violência física no contexto de violência doméstica envolve o uso da força física para causar danos corporais, lesões ou sofrimento à vítima. Isto pode incluir uma ampla gama de comportamentos agressivos, tais como empurrões, tapas, socos, estrangulamento, e outras formas de agressão física (National Coalition Against Domestic Violence, 2021).

A violência física pode resultar em lesões graves ou até mesmo a morte, e é frequentemente a forma mais visível e imediata de violência doméstica.

Violência Psicológica: a violência psicológica caracteriza-se por comportamentos que visam controlar emocionalmente a vítima. Isto pode incluir humilhações, ameaças, chantagens emocionais, isolamento social e manipulação mental (HelpGuide, 2021).

A violência psicológica pode ser igualmente destrutiva quanto a violência física, pois tem um efeito profundo no bem-estar emocional e mental da vítima. Além disso, a violência psicológica pode ser mais difícil de detectar do que a violência física, tornando-a um aspecto importante da violência doméstica a que muitas vítimas são submetidas.

Violência Sexual:  a violência sexual refere-se a qualquer forma de coerção ou abuso sexual dentro do contexto doméstico. Isto pode incluir estupro conjugal, coerção sexual e outras formas de violência sexual (Rape, Abuse & Incest National Network, 2021). A violência sexual é uma forma grave de violência doméstica que pode ter graves consequências para a saúde física e mental da vítima. Além disso, as vítimas de violência sexual podem experimentar vergonha, culpa e estigma, o que pode impedi-las de procurar ajuda ou denunciar o abuso.

Violência Financeira: consiste no controle econômico exercido pelo agressor sobre a vítima. Isto pode incluir limitações ao acesso dos recursos financeiros necessários para a independência e bem-estar da vítima (National Network to End Domestic Violence, 2021).

A violência financeira pode ser uma forma poderosa de controle e manipulação, pois priva a vítima dos recursos necessários para escapar da situação abusiva. Além disso, as vítimas podem enfrentar dificuldades adicionais ao tentarem se reconstruir financeiramente após deixarem uma situação abusiva.

Violência Emocional: compreende atitudes que visam desestabilizar emocionalmente a vítima. Isto pode incluir insultos constantes, desvalorização, ridicularização e manipulação emocional (Psychology Today, 2021).

A violência emocional pode ter graves consequências para a saúde mental e emocional da vítima, gerando sentimentos de baixa autoestima, ansiedade e depressão. Além disso, como é frequentemente subtil e menos visível do que outras formas de violência doméstica, a violência emocional pode ser difícil de detectar e combater.

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2.3. Impacto da Violência Doméstica no Desenvolvimento Psicológico do Menor

A violência doméstica pode ter consequências devastadoras para as vítimas, afetando sua saúde física e mental, autoestima, relacionamentos interpessoais e qualidade de vida. Muitas vezes as vítimas enfrentam dificuldades para buscar ajuda devido ao medo do agressor, vergonha ou culpa associada à situação

Trauma Psicológico: Crianças expostas à violência doméstica frequentemente sofrem de trauma psicológico, o que pode resultar em distúrbios de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático.

Desenvolvimento Emocional Comprometido: A exposição à violência doméstica pode interferir no desenvolvimento emocional saudável da criança, levando a dificuldades no controle emocional, problemas de confiança e relacionamentos interpessoais prejudicados.

Problemas Comportamentais: Crianças expostas à violência doméstica têm maior probabilidade de apresentar comportamentos agressivos, delinquentes e desafiadores, o que pode impactar seu desempenho acadêmico e social.

Risco de Revitimização: As crianças que crescem em um ambiente de violência doméstica têm maior probabilidade de se tornarem vítimas ou perpetradores de violência no futuro, perpetuando assim o ciclo de abuso.

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2.4. Uma Análise Sócio-Jurídica

Proteção Legal das Crianças: A legislação em muitos países reconhece a gravidade da violência doméstica e estabelece medidas de proteção para as crianças expostas a esse tipo de ambiente. Isso inclui ordens de restrição, abrigos de proteção e intervenção psicossocial. A proteção legal das crianças é fundamental para garantir seu bem-estar e segurança em situações de violência doméstica (Ferreira, 2020).

Intervenção Multidisciplinar: Uma abordagem sócio-jurídica eficaz para lidar com a violência doméstica envolvendo menores requer uma colaboração estreita entre profissionais da área jurídica, assistentes sociais, psicólogos e educadores. Essa cooperação multidisciplinar é essencial para garantir a segurança e o bem-estar das crianças afetadas, pois cada profissional traz uma perspectiva única e complementar para lidar com a complexidade desse problema.

Educação e Conscientização: Além das medidas legais e da intervenção multidisciplinar, é crucial investir em programas educacionais e campanhas de conscientização para prevenir a violência doméstica e promover relações saudáveis nas famílias. A educação e conscientização são ferramentas poderosas para mudar atitudes, comportamentos e crenças arraigadas que perpetuam a violência doméstica, ajudando a criar um ambiente mais seguro e saudável para as crianças ((Ferreira, 2020).

2.4.1. O papel do Estado e da sociedade na prevenção da violência em Menores 6

A prevenção da violência doméstica em crianças é um problema multifacetado que requer o envolvimento de diversas entidades sociais, como o Estado e a comunidade. É crucial considerar as responsabilidades destas entidades na prevenção e erradicação da violência doméstica contra as crianças.

A questão da violência doméstica envolvendo crianças é um desafio social multifacetado e intrincado, conforme destacado por Ribeiro e Silva (2019). É necessário um esforço colaborativo do Estado e da sociedade para resolver esse problema de forma eficaz.

O Estado tem uma responsabilidade crucial na formulação de políticas públicas abrangentes e na promulgação de legislação que garanta a salvaguarda das crianças contra a violência doméstica. Por outro lado, a sociedade desempenha um papel vital na promoção da sensibilização e na tomada de medidas para prevenir a violência doméstica, incluindo a denúncia de incidentes de violência.

Para abordar eficazmente a violência doméstica nas crianças, é essencial adoptar uma abordagem abrangente que envolva vários sectores da sociedade.  Para combater a violência doméstica infantil, Gomes e Dias (2020) enfatizam o papel crucial do trabalho conjunto do Estado e da sociedade. Salientam a importância de reforçar a rede de protecção social, promovendo a coordenação entre vários sectores, incluindo saúde, educação, assistência social e segurança pública.

Além disso, é crucial sublinhar que o combate à violência doméstica nas crianças exige uma transformação das atitudes e ações da sociedade. Carneiro (2018) ressalta a importância de a sociedade adotar uma posição crítica em relação ao abuso infantil e implementar iniciativas de conscientização sobre os direitos das crianças e a importância da prevenção.

Portanto, pode-se afirmar que a prevenção da violência doméstica infantil exige uma abordagem abrangente que englobe o Estado e a sociedade, bem como esforços para modificar valores e comportamentos sociais.

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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A violência doméstica é um padrão de comportamento abusivo que ocorre dentro de relacionamentos íntimos, onde uma parte busca exercer controle e poder sobre a outra através de vários tipos de agressão. Essa forma de violência pode manifestar-se em diversas formas, incluindo física, psicológica, sexual, financeira e emocional. É essencial destacar que a violência doméstica não se restringe apenas a casais casados, podendo ocorrer em qualquer tipo de relacionamento íntimo, como entre namorados, parceiros do mesmo sexo, familiares ou coabitantes.

A violência física no contexto da violência doméstica envolve o uso da força física para causar danos corporais, lesões ou sofrimento à vítima. Essa forma de agressão pode incluir uma ampla gama de comportamentos, como empurrões, tapas, socos e estrangulamento, podendo resultar em lesões graves ou até mesmo na morte.

Por outro lado, a violência psicológica caracteriza-se por comportamentos destinados a controlar emocionalmente a vítima, incluindo humilhações, ameaças, chantagens emocionais e manipulação mental, podendo ter um impacto profundo no bem-estar emocional e mental da vítima.

Ademais, a violência sexual, que se refere a qualquer forma de coerção ou abuso sexual dentro do contexto doméstico, pode incluir estupro conjugal, coerção sexual e outras formas de violência sexual, resultando em consequências graves para a saúde física e mental da vítima.

A violência financeira consiste no controle econômico exercido pelo agressor sobre a vítima, limitando o acesso aos recursos financeiros necessários para a independência e bem-estar da vítima, enquanto a violência emocional compreende atitudes destinadas a desestabilizar emocionalmente a vítima, como insultos constantes, desvalorização e manipulação emocional.

Concluindo, a violência doméstica pode ter um impacto significativo no desenvolvimento psicológico das crianças expostas, resultando em trauma psicológico, desenvolvimento emocional comprometido, problemas comportamentais e risco de revitimização.

Portanto, é crucial adotar uma abordagem sócio-jurídica que inclua medidas de proteção legal das crianças, intervenção multidisciplinar e programas educacionais e de conscientização para prevenir a violência doméstica e promover relacionamentos saudáveis na família.

O envolvimento do Estado e da sociedade é fundamental para abordar eficazmente esse problema complexo e multifacetado, exigindo uma transformação das atitudes e ações da sociedade em relação ao abuso infantil e à prevenção da violência doméstica.

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IV. BIBLIOGRAFIA

  • Abramovich, F., & Lima, L. R. (2018). Violência doméstica e seu impacto no desenvolvimento infantil. Estudos de Psicologia.
  • Almeida, L., et al. (2020). Violência doméstica contra crianças e adolescentes: estudo de revisão integrativa. Revista de Enfermagem da UFJF.
  • Araújo, R. M., & Tavares, M. C. B. (2019). A violência doméstica contra crianças e adolescentes e seus reflexos no ambiente escolar. Revista de Enfermagem UFPE On Line.
  • Assis, S. G., et al. (2012). Exposição à violência entre adolescentes brasileiros: prevalência e fatores de risco. Revista Panamericana de Salud Pública.
  • Bancroft, L., & Silverman, J. G. (2002). O agressor como pai: abordando o impacto da violência doméstica na dinâmica familiar. Thousand Oaks, CA: Sage Publicações.
  • Camargo, C. M. S., & Vilela, M. C. S. (2016). Violência doméstica contra a criança e o adolescente. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 24.
  • Carneiro, L. A. C. (2018). A violência doméstica em crianças: prevenção e enfrentamento. Porto Alegre.
  • Ferreira, A. P., & Ferreira, F. A. A. (2020). Educação em direitos humanos: uma estratégia de prevenção da violência doméstica. Revista Brasileira de Políticas Públicas.
  • Ferreira, L., et al. (2018). A prevenção da violência doméstica contra crianças e adolescentes: um estudo sobre a efetividade das políticas públicas em um município brasileiro. Revista Brasileira de Políticas Públicas.
  • Fontes, L. S. (2020). Violência contra crianças e adolescentes: desnaturalizando o cotidiano e problematizando as relações. In: Fonseca, C., & Machado, M. R. (Orgs.). Violência e cotidiano. Campinas: Papirus, p. 105-124.
  • Gomes, S. A., & Dias, M. R. (2020). Violência doméstica contra crianças e adolescentes: o papel do Estado e da sociedade. Revista Direito em Debate.
  • Guerra, A., et al. (2020). Prevenção da violência doméstica contra crianças e adolescentes: ação conjunta e multidisciplinar. Revista Psicologia em Foco, 12(1), 125-139.
  • Nascimento, F. L., et al. (2021). Violência contra crianças e adolescentes: uma revisão de literatura. Psicologia: Reflexão e Crítica, 34(1), 1-10.

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