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Razões individuais e organizacionais para a missão internacional

A literatura indica-nos razões individuais que levam os expatriados a aceitarem uma missão internacional, tais como: (1) a eventualidade de desenvolvimento profissional; (2) a compensação a nível financeiro; (3) o alargamento dos horizontes sobre a empresa…

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Razões individuais e organizacionais para a missão internacional

A literatura (e.g. Cunha e Rego, 2009; Camara, 2011; Finuras, 2003; Martins, 2013; Sousa, 2014) indica-nos razões individuais que levam os expatriados a aceitarem uma missão internacional, tais como: (1) a eventualidade de desenvolvimento profissional; (2) a compensação a nível financeiro; (3) o alargamento dos horizontes sobre a empresa; (4) a progressão da carreira; (5) a procura de status e (6) a necessidade de poder afastar-se de problemas familiares ou de caráter pessoal.

Sousa (2014) no seu estudo com expatriados e repatriados portugueses confirmou a literatura anterior quando demonstrou que as motivações que levaram os seus entrevistados a aceitarem uma MI são similares às da literatura acima referida. Deste modo, destacou quatro motivações individuais: 1) desenvolvimento e desafio profissional; 2) condições monetárias; 3) conjuntura atual e 4) experiência intercultural.

Verificou, assim, que quanto à primeira motivação a expatriação, é vista como uma oportunidade de desenvolvimento e crescimento pessoal que acarreta mais responsabilidades, bem como um aumento do salário e uma possibilidade de progressão na carreira, que, segundo os entrevistados, em Portugal era muito mais difícil de conseguir essa progressão de carreira. A segunda motivação foi uma das mais importantes e das mais destacadas pelos entrevistados, demonstrando que recebem muito mais financeiramente durante a MI do que em Portugal.

A conjuntura atual é outra das motivações que conduziu à MI. Sousa (2014) considera que a atual situação do país levou a que muitos indivíduos aceitassem a missão, dada a grande taxa de desemprego e a estagnação da economia em Portugal. Por último, a experiência intercultural é considerada pelos entrevistados que tinham um certo gosto pela descoberta e conhecimento de novas culturas, considerando uma vantagem ao nível do crescimento profissional e pessoal. Para além de socializarem com pessoas diferentes, aprenderam a trabalhar num meio económico e segundo métodos de trabalhos distintos.

O processo de expatriação além de ter razões individuais para que seja aceite, também tem razões organizacionais, como: (1) a expansão do negócio; (2) o preenchimento de uma função que requer competências técnicas especificas; (3) o preenchimento de uma função que requer competências de gestão específicas; (4) a transmissão da imagem nacional e a sua representação; (5) o controlo das filiais; (6) a transferência de conhecimentos e competências da sede para as filiais; (7) o desenvolvimento da carreira profissional dos quadros técnicos, havendo uma retenção de talentos e, (8) o desenvolvimento de uma mentalidade global na organização (e.g. Cunha e Rego, 2009; Martins, 2013).

Caligiuri (2000) também nos indica as razões que levam as empresas a enviarem expatriados para missões fora do seu país de origem. Essas razões são, entre muitas outras, a abertura de novos mercados, o aumento da participação de mercado, a aquisição de novas competências, o desenvolvimento da visão de negócios a longo prazo no país estrageiro.

Não obstante, embora seja crucial a existência de um impulso individual para aceitar uma missão internacional, muitos colaboradores tiveram que aceitar a expatriação sem arbítrio, com receio de perder os seus postos de trabalho ou regredir na carreira. Martins (2013), no seu estudo com repatriados portugueses, demonstra a existência de repatriados que foram obrigados a aceitar a missão internacional, não havendo assim motivação individual para realizar uma missão internacional. Apenas a realizaram porque foram compelidos a fazê-lo.

Fonte:

Silva, E. R. O. B. da. (2016). A influência da cultura no processo de expatriação: Estudo exploratório com repatriados portugueses (Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão). http://hdl.handle.net/10400.22/9419

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