Nesta artigo busca-se desenvolver uma mentalidade flexível e um respeito pela pluralidade, diversidade e interdisciplinaridade presentes nas ciências sociais.
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As ciências sociais têm como foco principal o estudo do ser humano como objeto de análise. Isso resulta em particularidades derivadas da natureza social do ser humano. Nesta artigo busca-se desenvolver uma mentalidade flexível e um respeito pela pluralidade, diversidade e interdisciplinaridade presentes nas ciências sociais.
Diferenças entre Ciências Sociais e Ciências Naturais
Marconi (2006) destaca que as Ciências Sociais lidam não apenas com a realidade objetiva, mas também com as interpretações que são feitas sobre essa realidade. Isso contrasta com as Ciências Naturais, que se concentram principalmente nos fatos exteriores aos seres humanos.
Peirano (1986) ressalta que essa diferença gera debates intensos sobre a validade e o rigor científico do conhecimento produzido pelas Ciências Sociais, devido à complexidade dos eventos tratados e à influência de valores e significados socialmente construídos.
As Ciências Sociais não podem ser simplesmente enquadradas nos modelos de cientificidade das outras disciplinas, pois possuem uma racionalidade e especificidades próprias relacionadas ao seu objeto de estudo.
Nesse contexto, as Ciências Sociais não se baseiam em métodos rígidos e técnicas precisas, mas sim na interpretação dos fenômenos, considerando não apenas os fatos em si, mas também a forma como esses fatos são construídos.
O pesquisador, como parte integrante do objeto de estudo, desempenha um papel crucial na investigação, exigindo um suporte teórico sólido para fundamentar as escolhas metodológicas e garantir a validade dos resultados obtidos.
ÍNDICE:
ToggleAs Ciências Sociais compreendem três áreas principais: Sociologia, Antropologia e Ciência Política.
Marconi (2006) explica que a Sociologia se dedica ao estudo do homem e do universo sociocultural, analisando as interações entre diversos fenômenos sociais.
Essa disciplina examina a vida social por meio de diferentes perspectivas teóricas, especialmente aquelas fundamentadas nos estudos de Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, abordando temas como fatos sociais, ações sociais, classes sociais, relações sociais, trabalho, economia, instituições religiosas e movimentos sociais.
Por sua vez, a Antropologia, conforme destacado por Assis (2008) e Gusmão (2008), concentra-se nos aspectos culturais do comportamento de grupos e comunidades. Essa área aborda questões cruciais para a compreensão da vida em grupo, como alteridade, diversidade cultural, etnocentrismo e relativismo cultural.
Inicialmente, a Antropologia estudava povos geograficamente distantes dos ocidentais, mas ao longo do tempo passou a analisar também grupos sociais mais próximos, buscando tornar o exótico familiar.
Maía (2000) destaca os estudos significativos realizados pela Antropologia em sociedades indígenas, camponesas e urbanas, explorando suas visões de mundo, sistemas de parentesco, classificações, cosmologias, linguagens, entre outros aspectos.
Por fim, a Ciência Política, conforme mencionado pelo mesmo autor, investiga as questões relacionadas às instituições políticas, analisando conceitos como poder, autoridade, dominação e governo.
Além disso, essa disciplina examina as distinções entre povo, nação e governo, bem como o papel do Estado como instituição legitimamente reconhecida detentora do monopólio da dominação e do controle de um território específico.
O conhecimento científico da vida social não se limita apenas aos fatos, mas engloba a interpretação desses fatos e a relação entre a interpretação e os fatos.
Ao estudar as ações dos indivíduos em sociedade, incluindo seus símbolos, linguagem, valores, cultura, aspirações e mudanças que enfrentam, as Ciências Sociais desempenham um papel crucial no desenvolvimento de uma compreensão crítica e reflexiva da realidade.
Por essa razão, as Ciências Sociais estão sendo cada vez mais aplicadas em diversos setores da atividade humana. Desde campanhas publicitárias, eleitorais, elaboração de políticas públicas até a programação de rádio e televisão, essas disciplinas levam em consideração os resultados de investigações sociológicas e antropológicas, buscando compreender as pessoas envolvidas em tais atividades, suas crenças, valores e ideias.
Com as rápidas e profundas mudanças nos padrões morais e culturais das sociedades contemporâneas, torna-se ainda mais relevante a análise dessas transformações.
Os deslocamentos de pessoas e grupos impulsionados pela globalização econômica, que intensificou os fluxos migratórios em escala global, juntamente com as trocas culturais decorrentes da formação de uma sociedade em rede, novos modelos de família, conjugalidade e configurações religiosas, são temas abordados pelos cientistas sociais contemporâneos.
Esses estudos são frequentemente utilizados como fonte de reflexão por governos, sociedade civil e indivíduos interessados em aprimorar sua compreensão dos eventos e planejar ações para intervir na vida social.
Embora muitos problemas que enfrentamos individualmente sejam compartilhados por outros, configurando problemas sociais, é importante distinguir entre problemas sociais e problemas sociológicos.
Os problemas sociais afetam um grupo ou categoria de indivíduos, como o caso das drogas, por exemplo, sendo percebidos como fontes de dificuldade ou infelicidade e passíveis de melhoria.
Por outro lado, os problemas sociológicos são o foco de estudo da Sociologia como ciência, que se dedica a compreender suas características gerais, analisando os fenômenos sociais, independentemente de serem considerados problemas sociais ou não, por meio de uma observação minuciosa das organizações e relações sociais.
O conhecimento científico que surge e é resolvido no âmbito da sociologia é complexo e desafiador. Formular adequadamente um problema sociológico é uma tarefa difícil, geralmente reservada a especialistas na área, dotados de imaginação aguçada e habilidades de pesquisa bem desenvolvidas.
Segundo Maía (2000), nem todas as questões levantadas nas áreas das ciências sociais são consideradas problemas científicos; algumas podem ser classificadas como problemas sociais. Apenas as questões formuladas de maneira a gerar respostas que confirmem, ampliem ou modifiquem o conhecimento existente são consideradas problemas científicos.
Isso implica que somente os cientistas têm a capacidade de formular e resolver tais questões, exigindo um esforço meticuloso de pesquisa em sua abordagem e solução.
Em resumo, embora todo problema social possa ser objeto de estudo sociológico, nem todo problema sociológico é necessariamente um problema social.
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