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O papel do manual escolar na transmissão de conhecimentos

O manual escolar é comunicador de valores afectivos, estéticos, sociais, intelectuais e espirituais

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O papel do manual escolar na transmissão de conhecimentos e uso de outros recursos didáctilos

O manual escolar é comunicador de valores afectivos, estéticos, sociais, intelectuais e espirituais. Por isso mesmo, o livro escolar é incentivador do desenvolvimento ou do desinteresse do aluno, pela actividade escolar.

Qualquer obra difunde algo ao leitor e os alunos não são indiferentes a esta interferência, quer esta seja positiva ou negativa (Castro et al., 1999). A existência de outros manuais escolares e materiais didácticos de consulta são importantes no auxílio das crianças para que estes formulem novas maneiras de pensar, sabendo pesquisar informação adequada.

Também os novos meios de comunicação transmitem uma realidade em que encontramos variadíssima informação, por exemplo os jornais e revistas que, são meios imediatos de conhecimento em que a palavra perdura, assim como no livro. Toda a tecnologia educativa é importantíssima no processo de ensino-aprendizagem “no momento em que os jovens preferem viver à sombra de imagens e de palavras-chave” (Castro et al, 1999, p. 145).

Tal como nos alerta Castro et al (1999), o professor já não é a única transmissão de conhecimentos com que as crianças têm contacto. Hoje em dia há todo um vasto leque de hipóteses que o aluno tem à sua disposição no que diz respeito ao fornecimento de informação, perdendo, desta forma, o professor o prestigiado lugar de principiador na transmissão de conhecimentos à criança.

Por isso mesmo, o docente deve adoptar, aqui, um papel de mediador da informação que o aluno recolhe para além das aulas, através da internet, televisão etc., levando-o a obter sentido crítico, apreciativo e avaliador daquilo que lê, sabendo distinguir documentos em que a verdade não assenta de todo, e outros, em que se pode tirar uma conclusão óbvia acerca dos temas em pesquisa.

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O papel do professor face ao manual escolar

Todos os anos, os professores deparam-se com o mesmo problema: avaliação de manuais escolares, pois o manual escolhido será o documento mais lido pelos alunos ao longo do ano lectivo.

Durante o mesmo ano lectivo, o professor deverá reflectir e avaliar o manual para que saiba se serão necessários outros processos/estratégias de ensino-aprendizagem para remediação ou enriquecimento do aluno; continuamente, e no final do ano lectivo, o desempenho do mesmo é avaliado como forma de saber se este transita de ano ou não.

Sob este encadeamento de processos o manual estará sempre presente, pesando constantemente os saberes dos alunos (Castro et al, 1999). Importa referir que, no que concerne à análise dos manuais escolares, o Ministério, através da Direcção Geral do Ensino Básico e Secundário, do Gabinete de Educação Tecnológica, Artística e Profissional e da Direcção Geral de Extensão Educativa, estabelece comissões, compostas por especialistas, sem interesses directos nas editoras, para uma avaliação da qualidade dos manuais escolares.

A legislação possibilita, também, a oportunidade de as editoras poderem inserir na capa ou contracapa do livro a indicação do resultado da análise, bem como promover esse resultado na comunicação social. Tal legislação não se verifica na realidade (Castro et al, 1999).

Claramente, os professores devem valer-se de outros recursos didácticos que não o manual adoptado, apontando o aperfeiçoamento dos conteúdos programáticos em consonância com os objectivos estabelecidos pelo CN. Na verdade, todos os dias as reprografias das escolas transbordam de trabalho, reproduzindo informação complementar, a pedido dos docentes, de outros manuais escolares para fornecer os alunos.

“O manual escolar não pode ser utilizado como único recurso, único guia da prática lectiva, único transmissor de conhecimentos e promotor de capacidades, atitudes e valores” (Castro et al, 1999, p. 144).

O manual escolar é um meio de comunicação através do qual o aluno recebe a mensagem escolar. Sendo que para haver o envio de uma mensagem são precisos um emissor e um receptor, logo o emissor, neste caso é o professor, o manual escolar constitui o conteúdo transmitido e o receptor é o aluno.

 Desta forma, o livro escolar será o veículo de comunicação que o autor do manual estabelece com o professor, levando este a usar as suas palavras, suposições, afirmações, conhecimentos, etc. como seus, assumindo assim o papel principal no envio da mensagem.

Contudo, este percurso pode ser mal interpretado, se considerarmos que o professor adopta por completo as mesmas linhas de pensamento que o autor do manual, não demonstrando sentido crítico, ou, por outro lado, não esteja de acordo com o mesmo e rejeitar-se a trabalhar com o mesmo (Castro et al, 1999).

Muitas das apreciações de caráter negativo feitas aos manuais apontam para erros do ponto de vista científico, falhas na transmissão de conteúdos específicos tais como a linguagem não adequada ao nível etário em que os alunos se encontram, utilizando vocabulário desapropriado; a não contemplação de objectivos a alcançar; o excessivo aprofundamento de apenas determinados temas, e valorização de outros assuntos menos importantes.

Por isso mesmo, qualquer documento escrito deve ser sempre, antes de posto ao dispor do público, revisto pela crítica em geral, pois um texto, assim como qualquer documento escrito, é algo a que o aluno irá recorrer constantemente, porque é perecível, estará sempre ali para ser lido e relido pelo aluno (Castro et al, 1999).

Deste modo, verifica-se que o manual escolar é detentor de grande importância e um excelente instrumento de trabalho para os professores, influenciando a organização do programa, e servindo como auxílio na preparação de aulas, tanto pelos professores como pelos próprios alunos, tendo estes a oportunidade de, em casa, adiantarem alguns saberes, chegando a ser de grande utilidade, também, pelos encarregados de educação (Carvalho & Fadigas, in Rego et al., 2010).

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