Fases do processos de planificação docente
Pires (1991:38), apresenta, que de acordo com vários estudos feitos pelo Yinger (1979/80), o seguinte modelo descritivo dos processos de planificação docente, em três fases:
1ª Formulação do problema ou ciclo de descoberta, na qual se procura estabelecer uma concepção inicial do problema, com base nos objectivos, nos conteúdos e dados sobre a situação em análise;
2ª Processo de solução de problemas ou ciclo de design: o processo de solução do problema comporta uma elaboração progressiva de programações ao longo do tempo.
Cada ciclo de programação desenvolve-se operacionalmente em fases de elaboração, de investigação e de adaptação. Resultam assim planos provisórios e exequíveis;
3ª Implementação, avaliação e rotinização. Se o plano aplicado resultar (avaliação), será arquivado na memória, onde se manterá disponível para futuras utilizações (rotinização). Avaliação e rotinização desempenham papel primordial nas decisões sobre futuras planificações do professor.
Cabe assinalar que Giné y otros, 2003 citado por Batanero (2003:40), asseguram,
“Planificar es pensar y organizar una suma de acciones o de actividades imaginando el conjunto de elementos y variables que se ponen en juego para lo que se pretende se pueda conseguir com êxito. Por tanto cualquier situación, acción, a actividade está rodeada de un conjunto de variables que, conocidas y trabajadas com anterioridad, permiten actuaciones más adecuadas y facilitan poder entender mejor el resultado obtenido, independientemente del éxito o del fracaso obtenido”.
A planificação constitui um dos momentos mais importantes na hora da elaboração do curriculum
A planificação constitui um dos momentos mais importantes na hora da elaboração do curriculum, porque constitui as experiências prévias dos estudantes, suas motivações e interesses aspectos cruciais para a aprendizagem. Planificar nos permite decidir o que fazer, como fazer, que materiais, e os meios com que contamos, quanto tempo tem, os esperamos dos alunos.
A investigação feita por essa autora Darling-Hammond, 2001 (citado por Batanero 2003:40), demonstra que, por um lado a planificação e o ensino são tarefas que devem ser realizados em equipa, permitindo os docentes compartilhar os conhecimentos entre si.
Por outro, os professores devem planificar tendo em conta as capacidades e necessidades de seus estudantes, e ademais é flexível. Em relação a este aspecto eles ainda, concluem que as planificações abertas e flexíveis são mais eficazes que os programadas com detalhe na medida em que o estimulam.
Modos da planificação docente
Nesta lógica de reflexão, Zabalza (2000:48), citando Clark e Peterson, afirma que há dois modos de planificar:
- Uma concepção cognitiva, segundo a qual a planificação é uma actividade mental interna do professor através dos quais a ele visualiza o futuro e faz um inventário (levantamento) de fins e meio e constrói um marco de referência que guie as suas acções.
- Concepção mais externa referindo aos passos concretos que o professor dá para planificar, as coisas que os professores fazem quando dizem que estão planificando.
No primeiro caso, o centro das atenções está no pensamento do professor: como que ele processa a informação para planificar; na segunda acepção, o centro das atenções está na sucessão de condutas, nos passos que se vão dando.
Neste sentido Monteiro (2001: 33-35), apresenta – nos as fases da elaboração da planificação ( a nível de unidade de aula ).